Publicado em 15/10/2020 às 16h49

LIVE DA CIJ DISCUTE NOVOS PROJETOS VOLTADOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

São 1.619 pretendentes a adoção, 881 crianças e adolescentes institucionalizados e dessas apenas 43 se encontram habilitados para adoção. Os dados foram apresentados pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Poder Judiciário da Bahia (PJBA), nesta sexta-feira (9), na Live “O presente da Justiça baiana para a construção de um futuro melhor”.

Em virtude desses números, as iniciativas da CIJ visam proporcionar um futuro melhor para as crianças e os adolescentes para que quando completarem a maior idade, os mesmos enfrentem os desafios da sua existência. O responsável pela unidade, Desembargador Salomão Resedá, aproveitou para agradecer a atenção e a sensibilidade do Presidente do Judiciário baiano, Desembargador Lourival Almeida Trindade, referente aos pleitos da Infância e Juventude.

As próprias crianças participaram da live e tiveram a oportunidade de fazer perguntas, que foram respondidas pelo Juiz Auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Paraná, Sérgio Luiz Kreuz. Na oportunidade, o magistrado também apresentou o aplicativo A.DOT que já existe há 2 anos e visa acolher crianças e adolescentes que estão em busca de um lar.

Para ser um adotante e ter acesso aos presentes na plataforma, é necessário estar inscrito no Sistema Nacional de Adoção. Atualmente, o aplicativo circula no Paraná, Minas Gerais, Acre, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraíba e Bahia. “É a nossa obrigação como Estado e também como sociedade, garantir a essas crianças e adolescentes um lar. […] Os meios de busca ativa que temos hoje são aqueles tradicionais, pelos cadastros locais e pelo cadastro do sistema nacional de adoção, muitas vezes não encontramos pretendentes para essas crianças”, destacou o Juiz Sérgio Luiz Kreuz.

A live “O presente da Justiça baiana para a construção de um futuro melhor” contou com depoimentos de adotantes pelo aplicativo A.DOT sobre adoção tardia. “A definição de adoção passa pela questão de entrega, aprendizado, completude. Essa família parece que agora tomou o formato que ela tinha que ter desde o início”, disse Leda Maria Leme Brisola, que adotou uma jovem de 15 anos, chamada Merilyn.

O evento virtual também contou com a participação da Coordenadora da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Desembargadora Elizabete Anache, que explicou a funcionalidade do curso “Nasce Família”, voltado à preparação para adoção. Devido a realização da capacitação, os processos de adoção que no início da pandemia tinha parado, voltaram a ser executados.

Também participou da live Márcia Sandes, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e Adolescente e Promotora do Ministério Público da Bahia (MPBA), e a Coordenadora Especializada da Infância e Adolescência da Defensoria Pública (DPE), Gisele Aguiar. Elas apresentaram o Projeto Interinstitucional “Proteção em rede: Um pacto pela infância”. A ação tem o intuito de assegurar e dar eficiência aos direitos constitucionais da criança e do adolescente.

A transmissão da live foi aberta ao público e realizada no canal do PJBA, para assistir clique aqui